Gigabateria do Tâmega 114z5a
Tâmega: um dos maiores projetos hidrelétricos realizados na Europa nos últimos 25 anos 155o5
Energia hidrelétrica Armazenamento energético Portugal Instalações operacionais
O complexo hidrelétrico do Tâmega, no norte de Portugal, é uma das maiores iniciativas energéticas da história do país e uma das maiores instalações de armazenamento de energia da Europa. Esse sistema inclui três represas com uma capacidade combinada de 1.158 MW e dois parques eólicos que chegarão a 274 MW. A construção do Tâmega foi um marco na transição para um modelo de energia mais limpo e eficiente.

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O projeto hidrelétrico Támega Link externo, abra em uma nova aba. consiste em três usinas: Gouvães, Daivões e Alto Tâmega, localizadas no Rio Tâmega, um afluente do Douro que fica na região norte de Portugal, perto do Porto. As três usinas têm uma capacidade instalada total de 1.158 MW, o que representa um aumento de 6% da capacidade total de eletricidade instalada do país em 2024.
O complexo tem capacidade para produzir 1.766 GWh por ano, suficiente para suprir as necessidades energéticas dos municípios vizinhos e das cidades de Braga e Guimarães (440.000 residências). Além disso, esta grande infraestrutura renovável tem uma capacidade de armazenamento de 40 milhões de kWh, equivalente à energia consumida por 11 milhões de pessoas durante 24 horas em suas casas.
O Tâmega possibilita a diversificação das fontes de produção, evitando a importação de mais de 160.000 toneladas de petróleo por ano e a emissão de 1,2 milhão de toneladas de CO2 por ano. Além disso, promove a atividade econômica e o emprego na região, já que durante toda a fase de construção foram gerados até 3.500 empregos diretos e 10.000 indiretos — 20 % dos quais vem dos municípios vizinhos — por meio de mais de 100 provedores, 75 deles portugueses. Na fase de operação, serão contratadas várias centenas de pessoas.
O projeto, que envolveu investimentos de mais de 1,5 bilhão de euros, conta com o financiamento do Banco Europeu de Investimentos (BEI). Em julho de 2018, a entidade entregou à Iberdrola 500 milhões de euros, correspondentes ao total dos 650 aprovados para o financiamento desse desenvolvimento.
Na Declaração de Impacto Ambiental (DIA) do projeto há diversas medidas de compensação de sistemas ecológicos tais como: reflorestamento de mais de 1.000 hectares, plantação de 17.000 sobreiros ou ações para melhorar as populações da fauna protegida existente no ambiente local.
Gouvães e Daivões começaram a operar em 2021 e o Alto Tâmega está em operação desde o final de 2024.

Obras do Complexo Hidrelétrico Tâmega (versão em espanhol)
Tâmega: o complexo hidroeléctrico mais inovador da Europa.
A hidroeléctrica de bombagem de Gouvães vai armazenar energia suficiente para abastecer dois milhões de portugueses durante 24 horas.
O projecto do Tâmega atinge a sua fase final com o enchimento dos reservatórios, o que vai facilitar o arranque dos testes de turbinação e bombagem.

O que é energia hidrelétrica 35656o
Descubra como funcionam as usinas hidrelétricas.

Tipos de barragens 4i6y4i
Há diferentes tipos de barragens, dependendo de seus materiais ou mecanismos.

Termos de energia hidrelétrica 342h13
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Central hidrelétrica de bombeamento 4y2h63
Sabe para que servem as centrais hidrelétricas de bombeamento?
Uma usina híbrida 4z2k49
As usinas hidrelétricas serão acompanhadas por dois parques eólicos, que transformarão o complexo em uma usina de geração híbrida. Em 2024, obtivemos a autorização ambiental final para construir o que se tornará um dos maiores parques eólicos de Portugal, com capacidade de 274 MW.
Essas são as primeiras usinas desse tipo conectadas à rede a serem construídas na área em torno das três usinas de energia (Gouvães, Daivões e Alto Tâmega) que compõem o complexo do Tâmega.
Isso aumentará a eficiência do sistema de eletricidade: a produção de energia eólica fornece energia aos consumidores durante os períodos de pico, enquanto o sistema de bombeamento será alimentado quando não houver demanda na rede.
A companhia poderá gerenciar a oferta e a demanda entre as energias hidrelétrica e eólica em função da disponibilidade de ambos os recursos, mas também de acordo com a dinâmica dos preços do mercado elétrico.
Gigabateria do Tâmega 114z5a
- Aproveitamento Hidroelétrico de Alto Tâmega
- Altura de Barragem: 104,5 m
- Comprimento do Circuito Hidráulico: 50 m
- Queda Estática Nominal: 87 m
- Potência Instalada: 160 MW
- Área da Albufeira: 468 ha
- Volume da Albufeira: 132 hm3
- Aproveitamento Hidroelétrico de Daivões
- Altura de Barragem: 77,5 m
- Comprimento do Circuito Hidráulico: 250 m
- Queda Estática Nominal: 64,5 m
- Potência Instalada: 118 MW
- Área da Albufeira: 340 ha
- Volume da Albufeira: 56,2 hm3
- Aproveitamento Hidroelétrico de Gouvães
- Altura de Barragem: 34 m
- Comprimento do Circuito Hidráulico: 7,640 m
- Queda Estática Nominal: 657 m
- Potência Instalada: 880 MW
- Área da Albufeira: 176 ha
- Volume da Albufeira: 13,7 hm3
Sistema de Bombagem
- Única tecnologia que permite armazenar eficientemente grandes quantidades de energia.
- É fundamental como backup e e a outras energia renováveis, sobretudo, eólica e fotovoltaica.
- Contribui para a estabilidade do sistema elétrico graças à sua grande flexibilidade na resposta às variações da procura.
- Modera os preços da eletricidade, produzindo a energia armazenada nos momentos de maior necessidade no sistema.
- Funcionamento independente da hidraulicidade.
VER INFOGRÁFICO: Gigabateria do Tâmega [PDF]
O canteiro de obras do Tâmega 5f5s33
A criação da barragem de Daivões envolveu, em termos de reposição, a construção de uma ponte de 200 m de comprimento e 35 m de altura, mais de 5 km de linhas elétricas, mais de 7 km de estradas, assim como duas estações de tratamento de águas residuais.
Esta barragem de Daivões é o depósito inferior da Usina Hidrelétrica de Bombeamento de Gouvães (880 MW). Em janeiro de 2022, a Iberdrola colocou em funcionamento o primeiro grupo energético da usina hidrelétrica – uma turbina com 220 MW de capacidade – e começou a fornecer eletricidade limpa à rede a partir da gigabateria do Tâmega.
A construção das três novas barragens e usinas hidrelétricas, inclusive uma de bombeamento, continua a bom ritmo e já foram concluídos dois terços da obra, cumprindo o cronograma estabelecido.
Esta usina é reversível, ou seja, permite que a água do reservatório de Daivões seja armazenada no reservatório de Gouvães, aproveitando a diferença de elevação de mais de 650 metros entre os dois. Desta forma, a energia pode ser bombeada quando há excesso de produção e recuperada quando necessário. Sua capacidade de armazenamento permite o fornecimento contínuo de eletricidade para a área metropolitana do Porto por 24 horas.
O primeiro enchimento da barragem de Daivões — cuja usina associada tem uma capacidade de 118 MW graças à instalação de três grupos — terminou em março de 2021. Com este processo, foi finalizado um grande trabalho de projeto e execução de uma barragem de concreto de tipologia "arco-gravidade" de 77,5 m de altura e 265 m de comprimento de coroamento, onde foram utilizados 240.000 m³ de concreto. A barragem terá uma superfície de 340 hectares e um volume de 56,2 hm³.
A usina será reversível, ou seja, tornará possível o armazenamento de água da barragem de Daivões na de Gouvães, aproveitando os mais de 650 metros de diferença de cota entre as duas. Dessa forma, será possível bombear a energia quando houver excesso de produção e recuperá-la quando for necessário. Sua capacidade de armazenamento permitirá o fornecimento contínuo de eletricidade para a área metropolitana do Porto durante 24 horas.
A pedreira de Gouvães produziu agregados para serem utilizados exclusivamente no concreto do Complexo Hidrelétrico do Tâmega, entre eles, os necessários para a construção da última barragem do Alto Tâmega. Esta pedreira já superou a produção de mais de 2 milhões de toneladas de agregados nesta pedreira, o equivalente ao peso de 5.000 Boeings 747 devidamente equipados e com ageiros.
Saiba mais sobre o complexo hidrelétrico do Tâmega.
Avanço das obras do complexo do Tâmega.

"Continuaremos a impulsionar a transição energética neste país e, com isso, a criação de riqueza, emprego e bem-estar para todos os portugueses"
Ignacio Galán, presidente executivo do Grupo Iberdrola



A tecnologia de bombagem, o armazenamento mais eficiente 2y1c6n
A gigabateria do Tâmega fornece quase 900 MW de capacidade de bombagem para o sistema elétrico português, o que implicará um aumento de 30 % em relação aos megawatts de bombeamento existentes no país.
O armazenamento eficiente de energia é um pilar fundamental no processo estratégico de estabilizar os preços de mercado e evitar a volatilidade das margens. Na Iberdrola, somos líderes na tecnologia de bombeamento, o método mais eficiente de armazenamento de energia atualmente, pois não gera nenhum tipo de emissão de poluentes na atmosfera e tem um desempenho muito superior ao das melhores baterias do mercado.
Usinas hidrelétricas como a do Tâmega representam uma proteção para o sistema elétrico. A maior instalação com essas características na Europa é o complexo de Cortes-La Muela, em Valência.
Plano de ação sociocultural e ambiental 2y2a68
Iberdrola, líder mundial em energias renováveis 1n1767
Na Iberdrola, estamos comprometidos com as energias renováveis há mais de duas décadas como um pilar fundamental sobre o qual construir nosso modelo de negócios seguro, limpo e competitivo. Graças a essa visão, hoje somos líderes mundiais em energias renováveis, alcançando 44.675 MW de energia limpa em operação em no final do primeiro trimestre de 2025.
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Esse compromisso está refletido em nosso Plano Estratégico, no qual destinaremos 15,5 bilhões de euros brutos para energias renováveis. Desse total, mais da metade terá como foco a energia eólica offshore nos EUA, no Reino Unido, na França e na Alemanha, sendo que 28% será designado à energia eólica onshore e 18%, à energia solar.